Pedro Malasarte, um menino esperto e meio danado, estava viajando a pé há muitas horas condo começou a sentir muita fome.
Viu uma casa na beira da estrada, bateu na porta e uma mulher com cara de poucos amigos atendeu.
- O que você quer? - perguntou a mulher.
- Quero um pouco de comida, pois estou viajando desde muito cedo.
A mulher nem respondeu e bateu a porta na cara de Malasarte.
Mas o menino não desistiu, acendeu uma fogueira perto da casa da mulher, pegou uma panela que levava na mochila e jogou umas pedras dentro.
A mulher, da janela, observava tudo que Malasarte fazia.
- O que você está fazendo? - perguntou ela.
- Estou cozinhando uma suculenta sopa de pedras - respondeu Malasarte.
- Essa é boa! Como é que se faz essa tal sopa? - indagou a mulher, cada vez mais curiosa e já fora da casa.
- Bem, primeiro preciso de água e sal.
A mulher entrou em casa e trouxe o que ele pedira.
- Agora, um pouco de gordura e macarrão iria muito bem. Daria um gosto melhor à sopa - disse o sabido Pedro Malasarte.
Querendo saber onde o garoto chegaria, a mulher rapidamente trouxe a gordura e o macarrão.
- Se eu tivesse ainda um pouco de carne e pão para comer com a sopa, ela ficaria realmente especial.
A mulher já nem pensava mais. Queria ver logo a sopa pronta, para experimentá-la.
E assim foi. Quando Malasarte considerou a sopa pronta, ofereceu um prato à mulher e devorou o restante.
- Mas você não vai comer as pedras que ficaram no fundo da panela? - perguntou a mulher.
- Não. As pedras eu deixo para a senhora, pois já estou de barriga cheia - respondeu Pedro Malasarte, já guardando suas coisas e preparando-se para ir embora.
A mulher não entendeu nada, pegou as pedras e levou-as para casa.
Malasarte seguiu seu caminho feliz da vida.
História popular, Adaptação de Luiz G. Cavalcante.
Digitada pelos alunos do 5º ano.